segunda-feira, 27 de setembro de 2010

4º CEPEASUL PARA EDUCADORES AMBIENTAIS EM CAMBORIÚ


















Entre os dias 23 e 25 de setembro, pude participar do 4º CEPEASUl – Colóquio de Pesquisadores em Educação Ambiental, que aconteceu no Balneário Camboriú. O evento foi marcante e teve participação de mestres de vários lugares do país.

O IV CPEASUL teve como tema: “Diálogos sobre a Sustentabilidade: Desafios aos educadores frente às mudanças climáticas”. Integrando as comemorações dos 10 anos do Programa de Pós-Graduação. Mestrado em Educação – PPGE, da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI.

A programação contou com mesas redondas dos quatro grupos de trabalho: Fundamentos Epistemológicos e Filosóficos em Educação Ambiental; Educação Ambiental e Mudanças Climáticas; Educação Ambiental e Gestão Integrada e Sustentável em Bacias Hidrográficas e de Formação em Educação Ambiental. Foi proferida palestra de Odacir Fiorentin sobre o “Programa Cultivando Água Boa”, desenvolvido pela Itaipu binacional e municípios lindeiros da Bacia do Paraná III, e Projeto Educação e Mudanças Climáticas: A Neutralização de Carbono, pela ONG Prima – Mata Atlântica e Sustentabilidade. Além das palestras e mesas redondas fizeram parte da programação Sessões do Circuito Tela Verde, com debate entre os participantes, mostra de economia solidária, lançamento de livros no espaço e conversas com os autores e autoras e exposições nos estandes das instituições que apoiaram o evento.

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O IV CPEASul recebeu da ONG Prima – Mata Atlântica e Sustentabilidade o Selo Prima – “Mudanças Climáticas” como evento neutro em emissões carbono. As mudas de árvores nativas foram plantadas após a palestra da bióloga Aline de Oliveira Santos no Campus de Balneário Camboriú.

Aline de Oliveira Santos enfatizou em sua palestra que a ação humana sempre impactou a natureza, mas em outros tempos, comunidades mais simples tinham apenas as necessidades básicas atendidas, como abrigo e alimentação. Com o desenvolvimento das tecnologias e o advento da Revolução Industrial, vivemos um modelo consumista sem a devida atenção com o ambiente e a perpetuação da vida.

As mudanças climáticas causadas pelo Aquecimento Global são, sem dúvida, o tema do momento mobilizando a ciência, governos dos países e a sociedade. Cientistas, na sua grande maioria, concordam que se nada for feito o prognóstico é desolador. Dentre os efeitos previstos pela aceleração das mudanças climáticas causada pelas atividades humanas temos: aumento da temperatura, elevação dos níveis dos oceanos, catástrofes diversas com o aumento das enchentes, estiagens prolongadas, furacões, aparecimento de doenças, prejuízos à economia, aumento das desigualdades sociais, dentre outros. Enfim, um desequilíbrio que ameaça a própria existência humana e das demais espécies do planeta.

A Neutralização de Carbono é uma das formas de mitigação para a problemática do Aquecimento Global, que pode ser realizada por meio do plantio de árvores nativas que sequestrarão, pelo processo fotossintético, o carbono emitido por atividades antropogênicas.

Odacir Fiorentin – Itaipu Binacional em sua palestra fez um breve relato sobre a problemática ambiental, aquecimento global e situação da água nos níveis global e local.
Ele citou o fato marcante na história de Itaipu: a inclusão oficial, na sua missão, do foco da Responsabilidade Social e Ambiental.

Além da geração de energia, introduziu e enfatizou a responsabilidade social e ambiental através do “Programa cultivando Água Boa” inspirado em documentos como a Carta da Terra, Agenda 21, Metas do Milênio, nas recomendações da Conferência Nacional do Meio Ambiente e no princípio da Ética do Cuidado, dentre outros, sua aplicação se pauta pelo critério da gestão por bacia e por uma metodologia eminentemente participativa, envolvendo as comunidades na identificação dos passivos ambientais, na definição e execução das ações corretivas necessárias.

O alicerce do Cultivando Água Boa é a educação ambiental para a sustentabilidade, implementada por uma rede de educadores com atuação permanente na região. Essas ações fazem parte de uma gestão ambiental que se estabelece além das fronteiras legais ou mitigadoras de impactos ambientais, e que possibilita exercer um papel protagonista na busca da sustentabilidade, condizente com contexto global, de aumento dos níveis de responsabilidade social e ambiental, exigidos atualmente das organizações.

A OSCIP PRIMA acredita que nenhuma ação ambiental é bem sucedida se não for acompanhada por mudanças de posturas e atitudes no dia a dia. A resposta para as questões socioambientais não está associada apenas ao avanço tecnológico, e sim a projetos e programas de Educação Ambiental. Entendemos que o mais importante é a sensibilização que, consequentemente pode colaborar na formação de uma consciência de conservação ambiental e na busca por um novo modelo de vida que respeite os limites da capacidade de regeneração do planeta.


Um abraço da
professora Janete.




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