terça-feira, 11 de outubro de 2011

CAB SERÁ CASE OFICIAL NA RIO+20 CULTIVANDO ÁGUA BOA



O Cultivando Água Boa será um dos cases oficiais de boas práticas do Brasil na Rio+20, Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável, que ocorrerá de 4 a 6 de junho de 2012, no Rio de Janeiro (RJ). O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (23), pela secretária de Estado de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Samyra Crespo, no Seminário de Economia Verde e Inclusiva da Região Sul Brasileira e da Tríplice Fronteira, no Auditório Integração, no Centro de Treinamento da Itaipu.
O evento integra os Diálogos Nacionais: Rumo à Rio+20, promovido em todo o Brasil pelo Instituto Vitae Civilis – Cidadania e Sustentabilidade, com apoio da Green Economy Coalition (em português, Coalizão de Economia Verde).
“O Cultivando Água Boa foi escolhido por sua agenda concreta e séria, seu impacto regional, e pela universalização que esperamos obter com as ações implantadas aqui”, justificou a secretária. “As palmas têm que ser a vocês mesmos. Nós só reconhecemos o bom trabalho”, disse Samyra ao ser aplaudida ao final de sua palestra na Itaipu, sobre os desafios da Rio+20 e o desenvolvimento sustentável.
A proposta de transformar o CAB como case, representando o Brasil na Rio+20,  foi defendida pelo diretor de Coordenação e Meio Ambiente de Itaipu, Nelton Friedrich, no final do mês passado em Brasília, para a própria secretária Samyra Crespo, a convite do Ministério do Meio Ambiente.
Na ocasião, a representante do Ministério já havia elogiado a experiência do CAB e demonstrado interesse em adotá-lo como referência de política pública. “Agora, tivemos essa agradabilíssima surpresa da oficialização do Cultivando Água Boa como case brasileiro da Rio+20”, disse Nelton Friedrich.
Agenda única
O anúncio da apresentação efetiva do CAB na Rio+20 foi o ponto alto do seminário na manhã desta sexta, que teve ainda a palestra da secretária Estadual de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Jussara Cony; do coordenador de assuntos internacionais do Instituto Vitae Civilis e responsável pela articulação e coleta de projetos brasileiros para a Conferência das Nações Unidas, Aron Belinky; e do superintendente do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Juan Sotuyo.
Outro ponto de destaque foi a participação da Argentina e do Paraguai no debate promovido pelo Brasil. Para Belinky, embora sejam promovidos pelo Brasil, os Diálogos Nacionais Rumo à Rio+20 – dos quais fazem parte o seminário desta sexta –, ganham com a inclusão de outros países fronteiriços.
“A natureza não tem as mesmas fronteiras que aquelas impostas pela política. Uma bacia hidrográfica, por exemplo, atravessa nações e por isso seus projetos devem ser pensados em conjunto”, disse o coordenador do Vitae Civilis.
Eco-92 e Rio+20
O legado deixado pela Eco-92, responsável pela adoção de mecanismos globais de governabilidade em vigência até hoje, impõe um desafio maior aos países participantes da Rio+20, na análise de Samyra Crespo. “Não podemos nos esquecer desses avanços e honrar este legado, mas precisamos lembrar que somos anfitriões, e não organizadores da conferência das Nações Unidas”, afirmou a secretária.
No final da tarde desta sexta, os participantes do seminário devem divulgar uma agenda unificada de ações que serão compiladas com outras iniciativas brasileiras, antes de serem levadas à ONU em novembro.

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